Com informações da CMC

Na última quinta-feira (23), a Câmara Municipal de Colombo (CMC) realizou uma sessão legislativa. Em geral, as sessões acontecem às terças-feiras, e a alteração de data ocorreu em função do feriado de Carnaval. Participaram do evento 15 dos 17 vereadores, e a reunião foi conduzida pelo vice-presidente da CMC, vereador Marcos Dumonte.

A Tribuna Livre foi ocupada pelo ativista LGBTQIA+ e jornalista colombense Ale Schneider. O tema em debate foi as políticas públicas e os direitos humanos dessa comunidade. Em sua apresentação, o ativista destacou que o objetivo do uso da Tribuna Livre é o debate de políticas públicas voltadas para essa comunidade.

Schneider também falou sobre alguns dados do censo do IBGE acerca das pessoas que se definem LGBTQIA+. “Esse censo está bem defasado e não serve como base para definir o quantitativo de definição de gênero”. Em Colombo, ressaltou Schneider, são mais de 12.000 gays, mais de 7.500 lésbicas e mais de 1.200 trans. “A ideia é construir um diálogo com o Poder Público”, complementou.

Além dos dados apresentados, o ativista também abordou sobre o número elevado de mortes violentas contra pessoas LGBTQIA+ no país. “Apesar da homofobia e transfobia serem enquadrados como crimes desde 2019, por muitas vezes os crimes com teor homofóbico e transfóbico são tratados e registrados como crimes comuns. A transfobia, juntamente com a homofobia, foi equiparada a crime de racismo, até que o Congresso Nacional edite uma lei que criminalize atos dessa natureza”, destacou.

“Precisamos fazer um debate para que a população possa ser informada sobre as diferenças de gênero. Só vamos mudar o preconceito com a informação. Solicito o apoio e ajuda dos vereadores para criação de um Conselho Municipal de apoio a comunidade LGBT+ que tenha espaço de diálogo do governo com a sociedade civil. Não queremos direitos a mais. Queremos respeito e condições de igualdade e equidade”, finalizou Schneider.

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