Redação com AEN

O volume elevado de chuvas registrado no Paraná ao longo de 2023 eleva o alerta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) com a leptospirose. A doença infecciosa é grave, e pode levar à morte. Desde o início de 2022, o Paraná registrou 309 casos e 47 óbitos pela leptospirose.

O contágio resulta da exposição direta ou indireta com a urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira. A urina dos roedores pode estar presente em esgotos e bueiros, e qualquer pessoa com algum ferimento ou arranhão que tiver contato com a água contaminada pode se infectar, algo mais provável em casos de alagamentos e enchentes.

Para prevenir a contaminação, a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte, explica que o ideal é evitar contato com água ou lama de esgoto, lagoas ou rios e terrenos baldios com a presença de ratos no entorno. “Os sintomas iniciais da doença começam de forma repentina, parecendo até com a gripe, mas quando evoluem eles são bem característicos. A leptospirose pode matar e, por isso, todo o cuidado é recomendável”, explica.

Ela alerta que é necessário procurar atendimento médico em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dor muscular, em especial nas panturrilhas, falta de apetite e náuseas.

Nas formas mais graves da doença geralmente há icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), com a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente pode apresentar também hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar ao óbito.

Como não existe uma vacina contra a leptospirose no Brasil, os cuidados e a prevenção são os maiores aliados. Lavar bem os alimentos, ter cuidado com a água ingerida e evitar acúmulo de entulhos em quintais e terrenos baldios são algumas medidas que auxiliam a conter a doença.

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