Redação com Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (1), que a escolha do novo procurador-geral da República será feita “com mais critério”. Augusto Aras está atualmente à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas seu mandato termina em setembro.

Aras já se colocou à disposição para permanecer no cargo, mas já sabe que sai ao final do período. O presidente Lula afirmou que o cargo deve ficar com “alguém que não faça denúncia falsa”.

“Eu vou escolher a pessoa que eu achar que é a melhor para os interesses do Brasil, se der errado, paciência, mas eu vou tentar escolher o melhor”, disse, durante o programa semanal Conversa com o Presidente, transmitido pelo Canal Gov.

Lula disse que será feito um “pente fino” antes de definir o nome. “Eu não quero escolher alguém que seja amigo do Lula, eu quero escolher alguém que seja amigo desse país, alguém que goste do Brasil, alguém que não faça denúncia falsa, alguém que não levante falso sobre o outro”, afirmou.

LISTA TRÍPLICE – O presidente destacou que ainda fará muitas conversas antes da escolha. “Vou ouvir muita gente, vou atrás de informações de pessoas que eu penso, vou discutir se é homem ou se é mulher, se é negro, se é branco, tudo isso é um problema meu, que está dentro da minha cabeça. E quando eu tiver o nome, eu indico”, disse.

No mês passado, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) definiu a lista tríplice que será enviada ao presidente para indicação ao cargo de procurador-geral da República. Apesar da mobilização dos procuradores, Lula já afirmou que não vai seguir, necessariamente, as sugestões de nomes para a sucessão na procuradoria, como fez em seus dois primeiros governos.

De acordo com a Constituição, o presidente da República não é obrigado a seguir a lista da associação e pode escolher qualquer um dos subprocuradores em atividade para o comando do órgão. A candidata mais votada foi a subprocuradora Luiza Frischeisen, seguida de Mário Bonsaglia. Os dois já figuraram em listas anteriores. Em terceiro ficou José Adonis Callou, ex-coordenador da Operação Lava Jato na PGR.

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