Miguel Uribe foi atingido por dois tiros durante ato de campanha na capital colombiana; político passou por cirurgia e está entre a vida e a morte
O senador colombiano Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, foi vítima de um atentado a tiros durante um evento de campanha neste sábado (7), em Bogotá. Pré-candidato à presidência da Colômbia, ele passou por cirurgia de emergência e está internado em estado crítico, entre a vida e a morte.
A violência política voltou a assombrar a Colômbia neste sábado (7), quando o senador e pré-candidato à presidência Miguel Uribe Turbay foi alvo de um atentado a tiros durante um ato de campanha no bairro Fontibón, em Bogotá. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o político é alvejado na região da cabeça e pescoço, e cai, coberto de sangue, sendo socorrido por apoiadores em desespero.
De acordo com o partido Centro Democrático, Uribe foi atingido por dois disparos. A Fundação Santa Fé de Bogotá informou que ele chegou ao hospital em estado crítico e passou por um procedimento neurocirúrgico e vascular periférico. “Miguel está lutando por sua vida neste momento”, declarou a esposa, María Claudia Tarazona, em uma publicação na rede social X.
O ataque também deixou outras duas pessoas feridas. Um adolescente de 15 anos foi apreendido no local com uma arma de fogo, segundo a Procuradoria-Geral da Colômbia, que investiga o caso.
O presidente Gustavo Petro condenou o atentado e ordenou uma apuração rigorosa: “Este ato de violência constitui um atentado não apenas à integridade pessoal do senador, mas também à democracia e à liberdade de pensamento no país”, afirmou o governo em nota oficial.
A comunidade internacional também reagiu. O Itamaraty repudiou “qualquer forma de violência” e afirmou confiar na atuação das autoridades colombianas. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou: “Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes possíveis a tentativa de assassinato de Miguel Uribe”.
Uribe é o senador mais votado das eleições de 2022 e um dos principais nomes da oposição ao atual governo. Sua trajetória pessoal carrega uma marca trágica: sua mãe, a jornalista Diana Turbay, foi sequestrada e assassinada por narcotraficantes a mando de Pablo Escobar, em 1991.
O episódio reacende o temor sobre a segurança de líderes políticos na Colômbia, país que já presenciou atentados fatais contra presidenciáveis em sua história recente.