Pesquisadores da Instituto Estatal de Serum (SSI), da Univerdade de Copenhague, divulgaram na segunda-feira (31) um estudo que apontou a subvariante da Ômicron (BA.2) como sendo uma cepa relativamente mais contagiosa que a cepa primária (BA.1). O estudo ainda não foi revisado por pares, mas concluiu que os pacientes infectados eram muito mais propensos a infectar outras pessoas.

O levantamento contou com amostras de 8.500 lares dinamarqueses, totalizando 17.945 pessoas analisadas de 20 de dezembro do ano passado a 18 de janeiro deste ano. Em apenas seis semanas, a BA.2 se tornou a cepa dominante no país, superando a BA.1. Outro estudo, dirigido pela Agência de Segurança do Reino Unido (UKHSA), também relatou uma maior taxa de contágio para a BA.2 em comparativo com a BA.1.

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“Atè agora não há evidências suficientes para determinar se a BA.2 causa uma doença mais grave que a BA.1, mas os dados são limitados e a UKHSA contínua investigando. Devemos permanecer vigilantes e tomar as vacinas. Todos devemos nos testar se os sintomas aparecerem”, afirma médica Meera Chand, microbiologista e diretora da UK Health Security Agency.

Segundo os pesquisadores, as vacinas continuam a fornecer proteção contra as linhagens da Ômicron, principalmente nos quadros clínicos mais graves. Porém, o estudo dinamarquês mostrou que a taxa de transmissão da BA.2 é superior à BA.1, mesmo em pessoas vacinadas, incluindo aquelas que receberam a terceira dose. Isso mostra que a capacidade imunoevasiva da nova variante é, no mínimo, preocupante.

“Descobrimos que a Ômicron BA.2 é inerentemente substancialmente mais transmissível do que a BA.1, e que também possui propriedades imunoevasivas que reduzem ainda mais o efeito protetor da vacinação contra infecções”, alega a conclusão do estudo. “Se você for exposto à Ômicron BA.2, há 39% de chance de ser infectado em sete dias. Se tivesse sido exposto à BA.1, a probabilidade era de 29%”, disse o principal autor do estudo, Frederick Plesner, à Agência de Notícias Norte Americana, Reuters.

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De acordo com o Ministério da Saúde, dois casos da linhagem BA.2 da variante Ômicron foram notificados em São Paulo. As amostras foram coletadas em dezembro de 2021 e janeiro de 2022, mas é provável que a essa altura o número de casos positivados seja bem maior. Em todo o mundo, a subvariante BA.1, “Ômicron original”, já é responsável por 98% do número de infecções.

Até o momento, a presença da sub-linhagem foi confirmada em 57 países. Segundo Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a BA.2 está se tornando dominante nas Filipinas, Nepal, Catar, Índia e Dinamarca, e em outros países como Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos.

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