A Polícia Federal, por meio do Setor de Planejamento Operacional da Superintendência da PF em São Paulo, localizou e prendeu na última terça-feira (15/2), Onaireves Nilo Rolim de Moura, ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF).

O ex-dirigente estava foragido há três anos, desde que foi expedido, pela Justiça Federal do Paraná, um mandado de prisão que condenou Moura a 22 anos, 4 meses e 12 dias de prisão em regime fechado, pela prática de estelionato, apropriação indébita e formação de quadrilha. O processo já transitou em julgado e não cabe mais recurso por parte da defesa.

Conforme a sentença proferida pelas autoridades, o ex-presidente da entidade foi considerado como “o comandante de uma quadrilha que desviou recursos da FPF”, entidade que presidiu de 1985 até 2007.

“O réu utilizava a estrutura da Federação e o prestígio que possuía frente a terceiros devido ao cargo que ocupava, para facilitar o cometimento dos crimes, atuando em diversos setores da FPF”, diz um trecho da condenação.

Entre os fatos narrados na denúncia contra o ex-presidente da FPF estão a apropriação de dinheiro de cessão de direitos de transmissão de partidas e desvio de dinheiro de arrecadação de cinco jogos do Campeonato Brasileiro de 2005, ocorridos em Maringá, no norte do estado.

Ainda de acordo com a sentença, o grupo comandado por ele teria se apropriado de percentual de arrecadação das competições nacionais e também usou uma empresa de fachada para movimentar parte dos recursos desviados.

Em novembro de 2007, sob as mesmas acusações, o ex-dirigente ficou preso durante cinco meses por supostamente desviar cerca de R$ 5 milhões dos cofres da FPF, sendo solto quatro meses depois. Um ano antes, em 2006, ele já havia sido preso por apropriação indébita de recursos previdenciários.

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