Observa-se que ninguém faz nada sozinho ou isolado neste mundo. Desde o nascimento até o sepultamento, o ser humano, animal racional, é o único animal que não consegue viver sozinho, sem um apoio externo, não sobrevive ao nascimento por si mesmo, precisa nos primeiros anos de vida de ser acolhido, amado, cuidado, alimentado, instruído e orientado continuamente até atingir a sua maturidade, sendo inviável e impossível sobreviver sozinho após o seu nascimento. Esta realidade está reproduzida ao longo da vida em diversas oportunidades da sua vivência nesta terra, em especial no mundo coorporativo, onde destaca-se que todo líder de sucesso, independentemente do tipo de negócio, ou organização onde está inserido, deve ter a sua carreira pautada na busca contínua pelo conhecimento, alicerceando a construção das competências e habilidades, com a visão integral do desenho institucional do segmento onde atua.

Verifica-se que somente a busca do conhecimento não garantirá o êxito como um líder eficiente, requerendo mais do que simplesmente competências e habilidades técnicas, devendo desenvolver como gestor da equipe o trato das competências específicas para liderar equipes, seja liderança formal ou informal. É preciso ir além do conhecimento técnico especializado, o gestor contemporâneo deve possuir um arcabouço de competências e habilidades balizada em liderança humanizada e gestão de pessoas para formar times vencedores.

Segundo John C. Maxwell, com mais de 13 milhões de livros vendidos em todo o mundo, apontado pela crítica como um dos maiores treinadores de líderes da atualidade, afirma que todo líder deve se esmerar em ter a habilidade de montar uma equipe de trabalho próxima. Em seu livro “O livro de ouro da liderança” (2008), o autor relata que o gestor deve ter muito cuidado em montar um círculo íntimo (pessoas que estarão próximo dele para o seu aconselhamento na tomada de decisões), estando ciente que estes podem levantar ou derrubar o líder na sua gestão. Diante deste cenário desenhado, todo líder deve formar um círculo íntimo que dê valor a ele a sua liderança na organização. Entretanto, o gestor deverá fazer uma minuciosa escolha, pois os membros deste círculo íntimo se tornarão seus confidentes mais próximos em todas as decisões. Este círculo íntimo poderá então levantá-lo ou derrubá-lo.

Na Bíblia Sagrada, no texto do livro de Provérbios, capítulo 11, versículo 14, o rei Salomão, homem mais sábio que existiu segundo a tradição cristã judaica, fala sobre a importância do círculo de aconselhamento e nos ensina: “Não havendo sábia direção, cai o povo, mas na multidão de conselhos, há segurança”. Verifica-se ao visitar as práticas de sucesso e teorias acadêmicas registradas em inúmeros artigos de liderança, que o círculo íntimo, deve ser escolhido e selecionado criteriosamente e deverá reunir os seguintes perfis de pessoas: (1) Pessoas criativas; (2) Pessoas sábias; (3) Pessoas inteligentes; (4) Pessoas com talento e que te completem; (5) Pessoas com influência; (6) Pessoas de fé e espiritualidade e (7) pessoas íntegras.

É notório que a liderança eficiente e eficaz começa pela escolha das pessoas que estarão ao nosso lado, existe uma máxima que nós somos a média das dez pessoas mais próximas que convivemos em nosso dia a dia. Um líder eficaz certamente não pode ser um líder “branca de neve” (que vive rodeado de anões – pessoas com competências e habilidades inferiores intelectualmente ao líder). O líder eficaz é rodeado de gigantes que lhe complementam em sua gestão, lutando pelos mesmos objetivos e buscando o sucesso da equipe através das suas competências e habilidades especializadas.

Artigo de autoria do Profº. Adm. Marcelo Viana de Castilhos *Licenciatura em Pedagogia *Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos *Especialista em Administração de Pessoas – UFPR *Mestrando em Educação Profissional e Tecnológica – IFPR Coordenador Pedagógico da Escola de Gestão Pública – Prefeitura de Colombo

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