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Exclusivo: entrevista com o vice-prefeito Alcione Giaretton

Na manhã desta terça-feira, 5 de janeiro, o prefeito Helder Lazarotto recebeu a reportagem do Jornal de Colombo em seu gabinete, na Prefeitura Municipal, na Sede. O prefeito falou sobre seus primeiros momentos à frente da oitava maior cidade do Estado do Paraná e dos próximos passos diante dos desafios impostos pela pandemia da Covid-19. Também presente na ocasião, o vice-prefeito Alcione Giaretton também nos concedeu uma entrevista, informando sobre como deve ser o ano letivo de 2021 no ensino municipal e deu detalhes sobre a absorção da Semec (Secretaria de Esporte, Cultura, Lazer e Juventude). Confira a seguir a conversa exclusiva com o vice-prefeito:

Para conferir a entrevista com o prefeito Helder, CLIQUE AQUI

Jornal de Colombo – Falando sobre a questão do ano letivo, 2020 foi um ano muito complicado para a Educação. Como está sendo o planejamento para o ano letivo deste ano, qual a ideia da Secretaria de Educação para a volta às aulas em 2021?

Alcione Giaretton – Hoje nós temos um calendário pré-estipulado com uma data de início de aulas. Esse calendário prevê uma normalidade dentro do calendário escolar, mas a gente sabe, temos consciência disso, de que não será normal do jeito que imaginávamos que fosse. Por isso, já estamos nos preparando. Nesta segunda-feira (4), foi nosso primeiro dia com a equipe geral da Educação, com as coordenadoras da educação infantil, do ensino fundamental e os diretores da secretaria. Nós estamos indo em direção ao que se aponta agora na Educação, que é o ensino híbrido. Já temos algumas datas para o mês de janeiro, já com capacitação aos servidores. Até porque é tudo muito novo ainda, eu sempre falo que a Educação vai trilhar novos caminhos. Vamos ter frutos que vão nascer agora e outros mais para frente, pois não era o hábito dos professores, dos alunos ou da comunidade escolar como um todo trabalhar nesse modelo novo que está vindo. Temos desafios grandiosos, porque, na verdade, nós não temos no município de Colombo uma estrutura para se pensar nesse modelo diferenciado. Já estamos correndo contra o tempo e antecipando algumas questões. Nós vamos implantar em algumas escolas e CMEIs o ‘livro-online’, que já vai ajudar bastante, que não vai ser só o livro de chamada online, mas uma forma dos pais terem mais acesso à escola e aos conteúdos com o uso da tecnologia. Infelizmente, pelo tamanho da estrutura que se tem em Colombo hoje e pelo que foi pensado nos últimos anos, ainda vai deixar a desejar, mas iremos ampliar o máximo que pudermos, que vai ser um passo bastante importante de uma nova era para a Educação na cidade de Colombo, implantando tecnologias afinadas com a realidade. Também temos parcerias com cidades que já avançam na Educação há algum tempo, como Pinhais, por exemplo. Ontem mesmo tive uma reunião com a secretária de Pinhais, a equipe técnica da cidade e fiquei muito animado com os passos que vamos dar juntos com as cidades vizinhas. Vamos ter que fazer o máximo para que o aluno perca o mínimo. Já perdemos, ano passado foi um ano ruim para o mundo todo, mas estamos nos preparando bastante e estou muito otimista com a equipe que nós montamos. Acredito muito na equipe que vai fazer a diferença para a cidade de Colombo.

JC – Temos um problema crônico na cidade de Colombo que é a falta de vagas nas creches e CMEIs. O que você pensa sobre essa situação?

AG – Esse é um problema crônico mesmo, que vem se arrastando há muitos anos. Nós temos que ter a coragem de iniciar um programa que vai fazer a diferença nessa cidade. Ontem mesmo já fizemos o encaminhamento de construções de novos CMEIs, inclusive um no Parque Embu, em parceria com um deputado federal, que nos liberou verba através de emenda parlamentar. No Parque Embu já temos o terreno, uma verba destinada, vamos começar o processo de trabalho agora para uma região que cresceu expressivamente. Até metade do ano vamos abrir quatro novos CMEIs e também vamos fazer aquela parceria com as escolas particulares. Há muitas escolas particulares com vagas e vamos fazer uma parceria com a Prefeitura e a Secretaria de Educação. Vamos ver o custo por aluno, fazer o repasse às escolas particulares e isso vai amenizar de uma forma bastante expressiva. Temos que ter a ciência que o número de crianças que estão na lista de espera é muito grande. Não podemos nos acomodar e devemos trabalhar para reduzir esses números. 

JC –  Neste início de gestão houve a absorção da Semec, que se junta à pasta da Educação. Qual foi a principal motivação dessa decisão?

AG – Nós entendemos que ficaremos mais próximos, teremos um diálogo maior com as comunidades escolares e a comunidade como um todo. E a nossa preocupação é montar uma equipe bem técnica, que dê uma resposta rápida para a sociedade. Nós assistimos nos últimos anos que a Cultura ficou muito a desejar na cidade de Colombo. E houve uma cobrança muito grande na nossa campanha pela questão da Cultura. Trouxemos pessoas de renome na cidade, que têm uma história na cidade, com projetos inovadores que vão de fato dar novamente luz à cultura da nossa cidade. E no Esporte queremos sair daquele trivial de pensar só no futebol. Colombo tem áreas importantíssimas de outras modalidades e queremos associar muito a questão de resultados na Educação. A gente viu essa oportunidade de agrupar com a Secretaria de Educação, a princípio.

JC – Quem serão os diretores dos departamentos de Esporte, Cultura e Juventude?

AG – O Marcelo Bomba ficará como diretor de Esporte, a Mari Vidolin vai ficar como diretora da Cultura e a Juventude ficará a cargo do Alan Tattoo. Outras diretorias e setores ligados à pasta ainda estão sendo construídos. 

JC – Como a atual gestão pensa na questão de políticas de auxílio para o segmento esportivo?

AG – É muito importante isso. Por exemplo, temos vários atletas que representam muito bem nossa cidade e que estão ocultos diante da comunidade. Temos que valorizar esses atletas e instigar outros talentos que temos aí. Temos que buscar parcerias junto ao Governo do Estado, junto a Superintendência do Esporte ,além de parcerias com deputados estaduais e federais para ajudar nessas questões importantes.

JC – No discurso da posse, o prefeito Helder citou a questão de você ser um ‘vice com função’. Como você vê a importância de estar atuando à frente de uma Secretaria Municipal?

AG – Isso que o prefeito falou foi tudo construído desde o primeiro momento quando a gente se propôs a fazer um projeto para Colombo, nós já pensamos em um projeto diferenciado. Quando ele me fez o convite para ser seu vice, eu falei para ele, que concordou comigo, que não queria ser um vice figurante na cidade. O Helder quer um vice atuante, que o ajuda nas decisões e que assumisse uma pasta. Como sou da área da Educação e tenho uma vasta experiência, quero ser muito útil para nossa cidade de Colombo e ajudar nosso prefeito também. E como o prefeito tem um projeto de enxugamento da máquina, já vou colaborar bastante. Para se ter uma ideia, nós abrimos mão do gabinete de vice-prefeito que dá direito a 13 assessores. Não teremos treze assessores, não vamos ter o gabinete, não vai ter o carro disponível ao gabinete. Só isso já gera uma economia que gera para a cidade de Colombo. Também é importante deixar claro que não vão ser dois salários, é um salário só – que é o mesmo do secretário e do vice. E também dentro da Secretaria de Educação, fizemos uma avaliação e um enxugamento. Onde tinha mais de 40 pessoas, vamos ficar com 21. E dessas pessoas, apenas uma é em comissão. Esse é um compromisso que o prefeito assumiu, de enxugamento da máquina, e nós temos que começar por nós dando esse exemplo.

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Redação JC

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  • O futebol é mais popular em Colombo tem vários campeões de ciclismo e atletismo tem várias modalidade esportiva que é praticado em Colombo todas sempre teve apoio da prefeitura, infelizmente nós temos mais visão para futebol por ser mais popular,por exemplo o diretor de esporte e o cordenador de esportes é do futebol os dois do time Colombo. O município de Colombo sempre foi referência no esporte em geral

  • Parabéns pelas decisões tomadas amei os cortes comissionados .

  • Olá bom dia! Sou educadora em CMEI aqui no município e gostaria muito de saber se a educação infantil em Colombo irá seguir a mesma linha de pensamento que já vem sendo aplicada na capital, uma educação infantil de qualidade, sem salas entupidas de mesas e apostilas para as crianças de 4 e 5 anos, o dinheiro que e usado nesses materiais poderiam ser investidos de uma outra maneira, a criança aprende muito mais brincado, esse material não agrega em nada para nossas crianças, e sim ficam escravas deles. Nós profissionais da educação infantil precisamos de recursos, salas com espaços para que as crianças possam transitar, brinquedos de qualidade, e também tem a questão de ter uma profissional a mais em sala, pois Colombo e o único município que uma educadora trabalha sozinha em.sala, no final do dia estamos esgotadas, como poderemos oferecer um ensino de qualidade, uma atenção maior as crianças que apresentam um pouco mais de dificuldade? Sem dizer no depósito de crianças no primeiro horário das 7hr as 8hr e no final da tarde 17hr as 18hr em que as crianças ficam todas em uma única sala esperando a professora chegar e depois os pais virem buscar, se houvesse uma segunda educadora poderíamos fazer o que os outros municípios já fazem, um rodízio de horário, receber nossas crianças com propostas nas salas, onde teriam a atenção que necessitam, e serem entregues ao seu país na própria sala, sou mãe e meus filhos sempre ficaram em CMEI, era prazero poder chegar e ver meu filho brincando nos cantinhos propostos para esse momento de final de tarde. Trabalhei muitos anos em CEI conveniado em Curitiba, e levei um choque quando assumi o concurso em Colombo, que realidade triste, daí busquei ser coordenadora aqui no município, e fiquei por quase dois anos, levei minhas propostas, utilizando de recursos próprios (meus brinquedos), pois sempre que eu questionava recebia a resposta não temos verbas pra esse tipo de coisa..., sendo que eu fazia parte do conselho do CMEI onde meu filho ficava e tinha conhecimento sobre o fundo rotativo, que por sinal aqui no município sei lá pra qual destino essa verba era designada né, tentei ensinar a equipe a trabalhar com os espaços temáticos (cantinhos com brinquedos), fiz um bom trabalho, mas sem o apoio da secretaria e da gestão e impossível obter resultados satisfatórios, enquanto coordenadora eu questionava, queria respostas. Gostaria muito que o professor Alcione Secretario da Educação me desse um retorne em relação as minhas pontuações. Educação infantil não deve ser tratado como um mini ensino fundamental, criança tem que ter qualidade nas 8hr que passa dentro do CMEI, esses kits de material que enviam pra nós e simplesmente sem função, não precisamos de um kit pra cada criança pois utilizamos no coletivo ensinando nossas crianças a compartilhar, mal temos espaços para as crianças em nossas salas minúsculas, nem uma armário de qualidade pra guardar os materiais as salas nos oferecem. Aqui está um desabafo de uma profissional que ama o que faz e luta por uma educação infantil de qualidade! Espero que dessa vez eu tenha respostas.

  • Fantástico ! Parabéns! Gerou uma grande expectativa.

    • Obrigada Maria Consuelo Tavares Coltro, espero ter um retorno em relação as minhas pontuações, amo o que eu faço e quero o melhor para nossas crianças!

  • Me identifiquei em tudo o que a professora Jackeline descreveu. Fazem oito anos que estou em Colombo e gostaria muito de ver mudanças .

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