O governador Ratinho Junior concedeu uma entrevista nesta terça-feira, 30, ao programa Jornal da Manhã, na Rádio Jovem Pan, e destacou a campanha lançada pelo Governo do Estado para ampliar a vacinação de domingo a domingo, que já no primeiro fim de semana trouxe bons resultados no Paraná, com a adesão da maioria dos municípios. “Neste fim de semana, de cada cinco brasileiros vacinados, um era paranaense. Com apoio dos prefeitos vamos ganhar escala na vacinação para imunizar o maior número de pessoas possível”, disse. “Estamos recebendo toda a semana novas remessas de vacina, nesta semana devem vir mais doses, o que permitirá que mantenhamos o ritmo de vacinação dos grupos prioritários”.

Durante a entrevista, o governador falou sobre a negociação com laboratórios para aquisição de vacinas. “Desde o ano passado estamos em contato com laboratórios internacionais, tivemos conversas com vários deles, e só compraremos uma vacina aprovada pela Anvisa. Mas quem vai salvar os brasileiros da pandemia são a Fiocruz e o Butantan. Há uma demanda grande por vacinas no mundo todo, e os nossos laboratórios estão ampliando o volume de produção para atender o País”, afirmou.

O governador também destacou a abertura de novos leitos exclusivos para atender pacientes com Covid-19 neste momento de escalada da pandemia no Estado. “A nova cepa é mais voraz, mais perigosa e transmissível e aumentou a demanda por leitos, além de atingir pacientes mais jovens. Estamos vivendo um novo momento da doença, muito diferente do que era há um ano”, disse. “Para dar conta, temos aberto novos leitos todos os dias, em todas as regiões. Somente o que abrimos neste mês de março daria para montar vários hospitais de campanha, mas com a diferença que são ambientes muito mais adequados”, explicou.

O governador lembrou que o aumento de leitos não evita um possível colapso, pois é necessário profissionais em número suficiente para atender a demanda de pacientes. “Mas tudo isso esbarra em um problema, que são os profissionais especializados para trabalhar nessas unidades. Não adianta ter equipamento de ponta se não tiver gente para trabalhar, e os profissionais de saúde estão esgotados”, ressaltou.

Ratinho Junior também defendeu as medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus, adotadas tanto pelo Estado como por municípios. “É muito duro tomar uma decisão como essa, ter que frear a força do Estado, de uma cidade. É algo extremamente doloroso, mas as medidas são baseadas na taxa de transmissão, que estava muito alta em algumas regiões. Com isso, já conseguimos derrubar a transmissão, mas o resultado demora para aparecer”, afirmou.

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