Apreensão de drogas cresce em 38% no Paraná

De acordo com um relatório do Centro de Análise, Planejamento e Estatística da Secretaria da Segurança Pública, divulgado nesta quarta-feira, 15, o estado do Paraná teve em 2019 um aumento de 38,8% nas apreensões de droga em relação ao ano anterior. Foram 143,6 toneladas de ilícitos apreendidos pelas forças de segurança estaduais. 

Todas as principais drogas tiveram um aumento na quantidade apreendida, com especial destaque para a cocaína, com um acréscimo de 212%. Destacam-se ainda a maconha (+36%), o crack (+38,4%), ecstasy (+76,7%) e LSD (+147,2%). “O aumento nas apreensões de drogas é decorrente das diversas operações que as polícias Militar e Civil desenvolveram. Com mais polícia nas ruas, maior fiscalização e, principalmente, maior investigação por parte dos setores de inteligência correspondentes, conseguimos aumentar esse dado ano a ano””, afirmou o secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares.

Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Péricles de Matos, o aumento no número de apreensões de droga causa como consequência uma diminuição no número de outros delitos, como furtos, roubos e homicídios. “Nós colocamos como prioridade o combate ao narcotráfico, em parceria com outros órgãos municipais, estaduais e federais. Quando atacamos a espinha dorsal que é o narcotráfico, todos os crimes satélites, aqueles que sustentam o narcotráfico, reduzem naturalmente””, disse.

Já o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach, ressalta a investigação e a integração das forças policiais como alguns dos motivos para esse aumento nas estatísticas. “A Polícia Civil tem grande experiência na investigação de organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas. Todo esse trabalho é realizado por todas as nossas unidades especializadas ou de área. Outro ponto chave é a integração e a troca de informações com outras forças de segurança federais, estaduais e municipais. Muitas das grandes apreensões são resultado do trabalho conjunto entre as polícias””, opinou.