Levantamento da Quaest revela rejeição massiva à possível mudança no uniforme da Seleção Brasileira, enquanto CBF nega que camisa vermelha seja oficial e Galvão Bueno critica decisão com veemência
Uma pesquisa da Quaest apontou que 90% das interações nas redes sociais sobre a suposta camisa vermelha da Seleção Brasileira foram negativas. A CBF, em nota oficial, negou a autenticidade das imagens vazadas e reafirmou o compromisso com o estatuto da entidade, enquanto Galvão Bueno classificou a mudança como “um crime”.
A polêmica em torno da possível nova camisa da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 tomou conta das redes sociais nesta semana. De acordo com levantamento feito pela empresa Quaest, 90% dos comentários nas plataformas digitais se posicionaram de forma negativa sobre a suposta camisa vermelha, atribuída ao segundo uniforme da equipe nacional.
O estudo foi realizado entre segunda-feira (28) e terça-feira (29), até as 19h, e analisou 24 milhões de menções em redes como X (antigo Twitter), Instagram, Facebook, Tumblr, YouTube e no fórum Reddit, além de sites de notícias. O resultado mostra uma forte rejeição à possível mudança nas cores tradicionais do uniforme da Seleção, tradicionalmente verde-amarelo.
Segundo a Quaest, apenas 10% das menções foram elogiosas. “O levantamento indica que a maioria dos internautas reagiu de forma crítica ou contrária à possibilidade de alteração nas cores tradicionais do uniforme”, diz o relatório.
A polêmica ganhou ainda mais força após o portal Footy Headlines divulgar imagens do que seria o segundo uniforme da Seleção para o próximo mundial. O modelo em tom vermelho causou estranheza e revolta entre torcedores, jornalistas e influenciadores esportivos.
CBF se posiciona
Diante da repercussão, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu uma nota oficial esclarecendo que as imagens divulgadas não são oficiais. A entidade destacou que nem ela nem a Nike divulgaram formalmente qualquer detalhe sobre a nova coleção de uniformes da Seleção para a Copa de 2026.
Além disso, a CBF reafirmou o respeito ao seu estatuto, que proíbe a utilização de uniformes com cores que não façam parte da bandeira nacional em partidas oficiais. “A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) esclarece que as imagens divulgadas recentemente de supostos uniformes da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 não são oficiais”, diz a nota.
Galvão Bueno: “É um crime”

Durante o programa Galvão e Amigos, na Band, Galvão criticou duramente a ideia de Seleção usar um modelo vermelho. Foto: Estadão/Divulgação
Quem também reagiu com indignação à possibilidade da camisa vermelha foi o narrador e apresentador Galvão Bueno. Durante o programa Galvão e Amigos, na Band, exibido na segunda-feira (28), ele criticou duramente a ideia de substituir a tradicional camisa azul da Seleção por um modelo vermelho.
“Apareceu alguém para cometer aquilo que eu considero ser um crime. Pra Copa do Mundo de 2026, a camisa azul vai deixar de existir e vai ser vermelha. O que tem isso a ver com a Seleção Brasileira? É uma ofensa sem tamanho! O que tem isso a ver com a história do futebol brasileiro? Eu tô muitíssimo na bronca”, disparou Galvão.
Ele destacou ainda o peso histórico da camisa e o regulamento interno da CBF: “A história do futebol brasileiro é muito séria, muito rica, de momentos muito difíceis, mas de muitas conquistas. Eu transmiti 52 jogos do Brasil. Então, eu acho que tenho algum direito de falar, eu não tive a honra de vestir”, concluiu o narrador.
A notícia da camisa vermelha dividiu ainda mais a atenção da CBF, que já enfrentava turbulência com o anúncio de que Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, não assumirá o comando da Seleção, frustrando expectativas de torcedores.
Enquanto isso, a pressão popular parece ter surtido efeito: o torcedor brasileiro continua exigindo que as cores verde e amarela sigam representando a identidade do país dentro das quatro linhas.
Fonte: CNN Brasil